terça-feira, 30 de setembro de 2008

Hurtmold.



O Hurtmold é uma banda paulista de post-rock/math rock iniciada em 1998. Sua primeira formação era: Guilherme Granado (teclados, vibrafone), Mário Cappi (guitarra), Fernando Cappi (guitarra), Marcos Gerez (baixo) e Maurício Takara (bateria, trompete). Inicialmente levados pelas influências do punk e hardcore no seu som, o Hurtmold começou com duas fitas cassetes que ganharam uma certa amplitude: "Everyday Recording (1998)" e "3am: a fonte secou..(1999)". A formação da banda mudou apenas uma vez, com a entrada de Rogério Martins no clarinete e na percussão. Apesar do rótulo de post-rock, o Hurtmold expande bastante o seu som, utilizando muito jazz e música eletrônica em seus cds.


(Último cd do Hurtmold, auto-intitulado(2008))

Após as duas primeiras demos, a banda lançou seu primeiro cd, Et Cetera (2000), que difere em parte dos cds seguintes, pelo fato de ter um vocal mais hardcore, mais distorção e uma bateria bastante marcante. Et Cetera representa o que há de rock nas entranhas do Hurtmold. O segundo cd, Cozido (2002), já começa a demonstrar o caminho do post-rock que a banda resolve seguir. A notoriedade da banda cresce ainda mais após o seu lançamento.

Após o Cozido, o Hurtmold se encontra de forma mais coesa no seu som e produz uma de suas obras-primas, Mestro (2004). Mestro é um cd essencialmente instrumental, com apenas uma música letrada. O experimentalismo chega a um ponto de extremo entendimento entre os integrantes da banda, e o Hurtmold produz um ótimo cd, ganhando de vez a notoriedade merecida. O seu cd mais novo, Hurtmold (2008), traz um som unicamente instrumental , seguindo um certo padrão nas guitarras, e acrescentando mais percussão ao som. É, também, um ótimo cd.



O Hurtmold esteve recentemente em turnê pelo Brasil, tocando com a banda americana The Eternals, com quem fizeram um cd, "Hurtmold and The Eternal Splits (2003)". Passaram por São Paulo, Campinas e Belo Horizonte. Nos dias 27 e 28 do mês de setembro, o Hurtmold esteve na Bahia, participando da turnê do ex-los hermanos Marcelo Camelo, lançando seu cd solo, "Sou (2008)". A banda esteve também em mini-turnê pela Europa, do dia 16 a 24 de junho, passando por Barcelona, no tradicional festival Sonár, Murcia, Lisboa e Londres.

Apesar da rotulação, o Hurtmold é uma banda de mistura sonora, essencialmente. Não tem qualquer intenção de se tornar parte de qualquer grupo seleto de música, muito pelo contrário, são artistas de muita qualidade fazendo música experimental, carregados pelo instrumentalismo. É música pura. Seguem os links para download, como de praxe.

Et Cetera (2000)

Cozido (2002)

Mestro (2004)

Hurtmold (2008)

links relacionados:

http://br-instrumental.blogspot.com/2008/06/hurtmold-sorriso-antigo-coletnea.html
http://www.lastfm.com.br/music/Hurtmold
http://pt-br.wordpress.com/tag/hurtmold/
http://oucomesmoedai.wordpress.com/2007/11/24/hurtmold/

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Medeski, Martin and Wood.


Esse são John Medeski(á direita), Billy Martin (centro) e Chris Wood. Eles constituem o trio de jazz Medeski, Martin and Wood, iniciado nos EUA em 1991. A banda tem gerado grande alvoroço com seus projetos, como o álbum Uninvisible (2002), que foi muito bem recebido pelos fãs. O MM&W produz um jazz bastante percussivo, com alguns toques minimalistas de post-rock e influências clássicas do jazz, como Miles Davis, Chet Baker, Charlie Parker, entre outros. São conhecidos principalmente pela sua diversidade, utilizando até mesmo rap em algumas de suas músicas.

Em entrevista ao site scream&yell, o baterista e percussionista Billy Martin fez declarações sobre o jazz contemporâneo e também sobre MPB. Mencionando Gilberto Gil, Elis Regina e Djalma Correa, o percussionista mostrou grande interesse por estilos como samba, e pela fusão dos ritmos africanos com a musicalidade brasileira.

O trio já se apresentou no Brasil duas vezes: a primeira em março de 2006, e a segunda no mês de setembro de 2008, nos dias 18, 20 e 21 em São Paulo, e no dia 19 no Rio de Janeiro. O grupo é considerado uma das "salvações" do jazz atual, e tem feito parcerias com diversos artistas nos últimos anos, como por exemplo do disco "Avenue B" do cantor americano Iggy Pop, onde Medeski foi chamado de "mestre do órgão Hammond", e também o projeto "A Go-Go", gravado com o guitarrista John Scotfield, um dos mais influentes músicos da cena do jazz atual.

Os principais álbuns do trio são o "Notes from the Underground (1992)", "It's a Jungle in Here (1993)", "Shack-Man(1996)" e "Uninvisible (2002)" . Seguem alguns links para download:

Notes from the Underground (1992)

It's a Jungle in Here (1993)

Friday Afternoon in the Universe (1995)

Shack-man (1996)

Farmer's Reserve (1997)

Combustication (1998)

The Dropper (2000)

Uninvisible (2002)

Out Louder(2006)

Let's Go Everywhere (2008)

End of the World Party (Just in Case) (2004)

senha: nodatta.blogspot.com

A banda é uma ótima opção para quem se interessa por jazz, e é sem dúvida um ponto de interrogação na testa de quem fala que não existe música boa sendo feita por aí.

links relacionados:

http://www.lastfm.com.br/music/Medeski%2C+Martin+and+Wood/+albums
http://www.screamyell.com.br/musica/martin.html
http://territorio.terra.com.br/canais/canalpop/noticias/ultimas.asp?noticiaID=17168

Sobre o nonsensom.


Boa Noite.

Eu estou inaugurando o nonsensom hoje, no intuito de trazer para as pessoas um pouco de música, em geral música que não anda nos billboards por aí. A expansão dos meios de comunicação trouxe à música uma multiplicidade tão grande que hoje em dia é possível conhecer muitas bandas fazendo som de qualidade em todos os lugares do mundo. O nonsense vem exatamente do fato desses sons não fazerem parte do senso comum de música atual, se é que esse senso de fato existe. Sempre observo que as pessoas reclamam do fato de não surgir música nova e boa, e acho isso extremamente irônico. Eu acredito que o príncipio básico para se conhecer música nova é procurar por ela, e é exatamente isso que as pessoas hoje se recusam a fazer. Não adianta querer na bandeja, tem que ir buscar pra conhecer.

Particularmente, me interessa muito jazz, blues, ska, funk e rock'n'roll. Acredito que esse seja o som que mais vai aparecer por aqui. Mas é claro que existem misturas e mais misturas, sons novos, sons velhos que se tornam novos, sons novos que se tornam velhos, enfim, existe de tudo em música.